Neste momento de medos, tensões, estresse, isolamento, estamos tendo a necessidade de nos reinventarmos, de nos adequarmos para sobreviver. Está gravada em uma placa de mármore na Academia de Ciências da Califórnia: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.

Nesta quarentena nos voltamos para nós mesmos, para os nossos familiares, passamos a fazer nossas refeições em casa, a ver filmes, rezar o terço em família, ler trechos da Bíblia e tecer alguns comentários juntos. Enfim, estamos tendo tempo para as reflexões, para olhar para o céu, ouvir algumas músicas do passado, às vezes já bem distante, arrumar armários, gavetas, fazer uma boa faxina na casa e até mesmo na alma. E por que não? Estamos comparando a casa cheia e a casa vazia, a distância dos familiares, as saídas para irmos à igreja, à feira, às viagens; estamos mais reflexivos, menos acelerados, mais voltados para o que é essencial.

Podemos e devemos ser mais humanos e agradecidos, valorizando os momentos felizes e aquilo que já temos, sendo mais solidários com os excluídos, os indigentes e os esquecidos pela sociedade.

Também não podemos esquecer de agradecer e orar pelos profissionais que estão na linha de frente no combate à COVID-19, pondo em risco a própria vida. Muitos já a perderam, pois foram contaminados, no cumprimento do seu dever. Nossos agradecimentos aos médicos, aos enfermeiros, a todos os profissionais da saúde, aos bombeiros e profissionais da Segurança que diuturnamente estão a postos, muitas vezes com jornadas estafantes. Estes profissionais, muitos deles Servidores Públicos, que apesar do não serem reconhecidos e valorizados pelos governantes e com seus parcos salários mantêm-se firmes e compromissados em prestar um serviço de qualidade à sociedade.

Por Walneide Romano – Presidente da Apampesp