No último dia 20 de fevereiro, o Governador Tarcísio de Freitas deu uma declaração dizendo que os professores não têm a melhor estrutura, não têm o melhor salário, mas têm muito amor.

Essa fala é preocupante. A dedicação e o amor dos professores são inegáveis e fundamentais, afinal, trabalhamos com a formação de pessoas, especialmente de crianças e de adolescentes, o futuro da nossa nação, mas é essencial reconhecer que dedicação e amor não resolvem a falta de estrutura nem salários insuficientes.

Os professores merecem não apenas reconhecimento emocional, mas também remuneração justa e condições adequadas de trabalho.

Muitos professores aposentados, que dedicaram décadas ao ensino, enfrentam desafios financeiros significativos após se aposentarem, destacando ainda mais a importância de garantir salários e condições dignas ao longo de toda a carreira docente.

Professores da ativa e aposentados também têm impostos para serem pagos, comem, vestem, precisam de tratamentos médicos, próteses, exames laboratoriais, medicamentos, alimentação, pagar as contas de água, de energia, de telefone. Onde está o nosso Reajuste Salarial? Onde está a devolução do que nos foi confiscado por mais de dois anos?

É crucial que o Governador de São Paulo, bem como os demais líderes governamentais se comprometam com políticas que valorizem verdadeiramente os educadores, tanto ativos quanto aposentados, reconhecendo não apenas seu amor pela profissão, mas também suas necessidades práticas e profissionais.

Por Walneide Romano, presidente da Diretoria Executiva da Apampesp